quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Arte - Teatro de Grupo.



Logo do GRUPO ARCÊNICOS.

Trabalho coletivo, criativo, artesanal, antigo e despretensioso, são as principais características de trabalho no formato de Teatro de Grupo. Algumas pessoas consideram o Teatro de Grupo como “amador”, coloco entre aspas porque essas pessoas usam esse adjetivo no pejorativo, dando a entender que são artistas fracos, leigos e que pouco entendem sobre o teatro, mas estão enganados, primeiro porque o TEATRO DE GRUPO é a verdadeira escola de teatro, a mais antiga, a mais bela, a mais enriquecedora e a mais fascinante, dando tarimba suficiente para exercer sua profissão. Segundo porque é no Grupo que o artista aprende ser AMADOR, agora coloco com todas as letras maiúsculas para enaltecer, dando a entender que são artistas apaixonados, persistentes e que muito querem aprender sobre o teatro.

A coletividade é exercida em todas as funções que existem no teatro, todos têm a oportunidade de dirigir, atuar, escrever e executar as tarefas de pré e pós produção. Essas funções podem ser divididas, mas o Teatro de Grupo permite a troca de idéias, experiências e trabalho dividido por todos.

Provavelmente você tenha ouvido o termo “Teatro Pobre”, este termo foi forjado por Grotowski (1971) para qualificar seu estilo de encenação baseado numa extrema economia de recursos cênicos, tais como figurinos, cenários e acessórios, preenchendo essa lacuna com uma exímia interpretação. Essa economia cênica fazia com que os integrantes do Grupo usassem a criatividade para criar seus espetáculos. O Teatro de Grupo tem esse perfil de “Teatro Pobre”, já que possui poucos, ou nenhum patrocínio e incentivo financeiro.

Grandes nomes do teatro vieram de Grupos, por exemplo: Zé Celso, Grotowski, Augusto Boal, Stanislávski, Cacá Rosset, Brecht, Regina Casé, Artaud, Rosi Campos, Barba, entre outros. Lembrei de alguns nomes nacionais e outros internacionais, nesse time têm atores, diretores, dramaturgos e teóricos, fizeram teatro “por osmose”, aprendendo com o passado, mas recriando e experimentando em seus grupos, a ponto de desenvolver técnicas e teorias hoje adotadas por escolas e cursos.

No início pode até ser que as pessoas não queiram o teatro como meio de vida, o adjetivo amador significa exatamente isso, mas é no Grupo que o bicho do Teatro te pica e a partir daí você busca cursos, escolas, faculdades ou cria um Grupo louco, sem dinheiro, mas com muita coragem, para montar as peças que tanto sonha fazer, fazendo uso de criatividade, força de vontade e despretensão.

Sou suspeito pra falar de TEATRO DE GRUPO, já que é minha escola, minha carreira e meu orgulho. Aprendi e aprendo até hoje através da labuta do dia a dia, dos nãos na cara, das peças que foram ensaiadas e depois perdidas, mas também das conquistas realizadas, das risadas colhidas e das peças montadas, posso garantir que foram boas e numerosas. Desejo vida eterna ao TEATRO DE GRUPO, com certeza terá, se depender do pequeno Grupo que faço parte e de muitos outros espalhados pelo mundo afora.

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Um comentário:

  1. do caralho mano !!!
    queria ter um tico da sua experiencia !!!!
    parabens !!
    ccontinue pois esta cada vez melhor este blog

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